2004 - "in sinu matris"
Instalação na galeria municipal de Montijo, num espaço em forma de cubo com três metros de lado.
Exibindo 5 imagens obtidas através ressonância magnética. Impressas a jacto de tinta com 140 cm X 140 cm.
Audio: som de bater de coração.
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“In Sinu Matris” é uma exposição que se divide em duas partes. Numa primeira fase
encontram-se 17 imagens, subordinadas ao corpo humano. O segundo pólo da
exposição consiste numa instalação de cinco imagens, a preto e branco, com o som do
bater do coração.
No texto introdutório do catálogo, Margarida Medeiros, professora de História da
Imagem na Universidade Nova de Lisboa, afirma que o fotógrafo trabalha, na primeira
fase, “o carácter não ingénuo da imagem, bem como a sua versatilidade. Mário Cabrita
parte de pequenas imagens fragmentadas de um corpo humano (ou de vários): orelha,
mão, seio, braço, dedos do pé, (...) onde tudo começa.”
Nas palavras de Margarida Medeiros, as imagens do segundo pólo “foram obtidas
através da exposição do corpo do artista, num aparelho de ressonância magnética,
resultando em cinco poses diferentes, consoante a rotação do corpo. O facto de aqui
as imagens serem, naturalmente, a preto e branco, e vistas numa semi-obscuridade,
acompanhadas do som do bater do coração, recria um ambiente intra-uterino”.
Para a professora universitária, “a forma estética encontrada por Mário Cabrita Gil neste
projecto revela o conflito pelo sentido vivido minuto a minuto no mundo
contemporâneo, cercado por imagens onde a morte é simultaneamente afirmada e
negada, conduzindo o homem numa fuga para a frente. Mas não há para onde fugir – do
corpo”.